Telemóveis, internet, TV cabo, GPS, redes sociais, vivemos em pleno a era da comunicação que, em poucos anos, mudou radicalmente a fisionomia do nosso dia a dia. Mas as montanhas continuam no seu lugar, com os rios e ribeiros a correr, obstinadamente, para o mar. E como as pedras, a água, as arvores, também há homens que se mantém irredutíveis nos lugares mais inóspitos, nos vales mais profundos e isolados. Homens destes só mudarão com a morte. Num vale remoto da serra da Peneda há um homem que? mudou. Partiu. É preciso ir buscá-lo para lhe dar o funeral. O agente funerário Olegário, acompanhado por Raul e Carlos, montam a urna numa pick-up (não há outra forma de chegar ao destino) e seguem serra acima. Vai ser um serviço para uma longa jornada.