Uma biblioteca com dez mil volumes é uma biblioteca expressiva em qualquer parte do mundo. Se considerarmos que uma xiloteca se caracteriza por reunir e classificar amostras de madeiras diversas, temos de reconhecer que a coleção de dez mil exemplares da xiloteca tropical guardada no Palácio Calheta é excecional. Tanto mais que muitas das espécies botânicas aqui presentes já se extinguiram na Natureza. Este surpreendente acervo, hoje sob a alçada da Universidade de Lisboa, foi reunido ao longo de cerca de cem anos, com particular relevância para os anos das missões científicas que o Estado Novo promoveu na chamada "África portuguesa" durante as décadas de 40, 50 e 60 do séc. XX. Uma visita guiada por Fernanda Bessa, curadora e responsável por esta xiloteca.